17 de janeiro de 2011

Por alguma sinestesia

Formas de compasso
apressadas
duras e bem formadas
na parede no espaço
do meu lado
eu que passo
com muita pressa
sentindo os pedaços
nos olhos - sem tato
mas um dia passo
e amasso
tudo aquilo que está
ao meu alcance.

Corpo passando pela forma
as formas unindo-se ao corpo
sentidos atrelados
o sólido mascarado.

É que o tempo não me deixa ver
ele não me deixa isso
ou aquilo
qui-los,
mas não posso,
perdoe-me

mas não me confunda os sentidos.