11 de agosto de 2010

Devaneio

Joguei meu livro pela janela,
para ver se ele voava.
Não é que ele voou, levíssimo,
feito pássaro branco?

Quero escrever sobre muitos pássaros,
o ar muito me agrada,
quero voar, por que não?
Cobrir de escritos em tinta,
alguma coisa alada.

Alado é o sonho poético,
e o texto se desgruda do papel
e vira suspiro.
Ah, suspirei muitas letras,
finalmente posso escrever em paz.

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